De olhos bem fechados – o que alguns homens não querem ver
Para os homens, dessa generalização nem os puritanos escapam, costuma ser bem natural admirar outras mulheres, fantasiar com elas e até mesmo trocar impressões com os amigos sobre uma gostosa que acabou de passar. Com as mulheres, não é diferente. Também existem muitas fantasias povoando a nossa imaginação.
Talvez os homens sejam mais rápidos em colocar a vizinha ou a colega de trabalho de quatro. Mas, não se enganem, as mulheres não são santas. Também sabemos como criar uma boa sacanagem na nossa cabeça. A diferença é que muitos homens custam acreditar que essas coisas também fazem parte dos nossos pensamentos.
Alguns colocam suas esposas e namoradas em um nível de candura irreal. “A minha mulher não!”. Eles não conseguem ver aquela doce criatura sentindo tesão pelo policial, pedindo para levar uns tapas na bunda, imaginando como seria transar com o chefe. Para esses, a mulher ocupa um lugar sagrado, distante do mundo que ele mesmo conhece. No máximo, ela pode admirar a beleza do galã da novela, mas jamais se masturbar pensando nele.
Muitas de nós contribuímos para a manutenção desse estereótipo angelical. Dizemos que não gostamos de ver homens nus (e muitas realmente ainda não desenvolveram esse olhar), que não curtimos pornografia (mas eles não percebem que o problema é o tipo de pornografia) e que sexo sem amor não tem graça. Tudo isso nutre uma imagem falsa.
Os desejos eróticos acabam permanecendo na clandestinidade da nossa mente. Traduzindo: posamos de santas enquanto a putaria pode estar rolando solta na nossa imaginação. Mas às vezes a máscara escorrega. Ou permitimos que os homens vejam o que eles se recusam a enxergar. O filme de Olhos bem fechados, do Stanley Kubrick, tem uma cena memorável sobre esse tema.
Alice (Nicole Kidman) revela para Bill (Tom Cruise) o desejo arrebatador que sentiu por um desconhecido, um oficial da marinha com quem apenas cruzou o caminho no corredor de um hotel. Antes desse choque de realidade, Bill estava convicto que Alice jamais seria capaz de traí-lo e por esse motivo não sentia nenhum ciúmes dela, o que gerou nela um ataque nervoso de riso e a vontade de contar o que até então havia ficado apenas no seu esconderijo erótico. Vale muito a pena assistir à cena e ao filme.
Os homens que preferem ficar de olhos bem fechados perdem a chance de conhecer mais sobre o universo erótico feminino. As fantasias não competem com a realidade, com os sentimentos que envolvem o namoro e o casamento. Pelo contrário, servem de combustível sexual para os relacionamentos.
Fantasiar é saudável, estimula a libido, melhora a nossa criatividade no sexo. As mulheres sabem fazer isso muito bem, mas nem sempre admitem. Se os homens imaginassem quanta sacanagem acontece entre os nossos neurônios, poderiam se surpreender. Acreditem na nossa safadeza e venham brincar conosco no nosso esconderijo erótico.
Fonte Blog "Para pensar em sexo!"
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